Edição 8 - dezembro de 2017
Editorial
CARLOS AUGUSTO DE AZEVEDO
Presidente
2017 foi um ano de desafios intensos, mas chegar ao final dele da forma como chegamos é uma grande vitória. Poucas instituições federais conseguiram passar o ano sem cortes orçamentários e, ainda, com ampliação de investimentos.
Para os órgãos delegados, por exemplo, aumentamos o repasse mensal de R$ 30 milhões para R$ 36 milhões e, com isso, conseguimos um recorde de arrecadação, que fechará em quase R$800 milhões.
O cinto continuou apertado, mas se compararmos com os anos de 2015 e 2016, houve um aumento significativo, de cerca de 20%, em nossos investimentos. Conseguimos cumprir nossas missões internacionais e estar presente onde era necessário.
Fizemos, ainda, um esforço junto ao Ministério do Planejamento para antecipar a nomeação de 35 novos aprovados no último concurso antes do prazo limite, a fim de reforçar nossa força de trabalho.
Nada disso é feito por uma pessoa só. Essas conquistas são indicadores de um trabalho em equipe bem estruturado, do empenho de todo o quadro do Inmetro e dos órgãos delegados, conjuntamente.
Evidentemente, almejamos mais do que isso. Há muito tempo o Inmetro não tem um investimento robusto em infraestrutura, o que é necessário para resolver problemas crônicos da instituição, que se arrastam por muitos anos. Precisamos solucionar deficiências nas estruturas de água e esgoto – temos que ter uma Estação de Tratamento de Esgoto em Xerém, por exemplo -, de telefonia, de eletricidade e de informática (que já melhorou bastante, mas se nós somos a “casa da qualidade”, devemos ter a melhor informática do País. Se conseguirmos atuar nesses itens, acredito que já será um avanço significativo.
Se em 2017 dedicamos muito tempo à agenda externa, ao alinhamento com os órgãos delegados, 2018 vai ser o ano de nos voltarmos à agenda interna. É preciso olhar para dentro, a fim de melhorar as nossas próprias condições. Pretendemos despachar de Xerém com frequência, no próximo ano.
A inovação e a pesquisa científica serão incentivadas no Inmetro. Temos potencial para desenvolver ainda mais essas áreas e capacidade de captar cerca de R$ 50 milhões por ano em editais de fomento às atividades de pesquisa.
Outra ação indiscutível para 2018 é fazer com que nossos laboratórios sejam, efetivamente, multiusuários, fornecendo apoio à comunidade científica, a universidades e a empresas, a partir da atuação de nossos profissionais, com amplo conhecimento técnico-científico.