Edição 2 - março de 2017

Editorial
Planejamento, integração e sinergia para melhores resultados
MARIO JAMIL CHADUD
Diretor de Planejamento e Articulação Institucional

Assumi a Diretoria de Planejamento e Articulação Institucional (Dplan) do Inmetro há três meses e muito me impressionou a capacitação técnica e o comprometimento dos seus servidores, motivo pelo qual estou absolutamente certo que poderemos dar início a um novo ciclo na qualidade da gestão do Instituto, com foco no alinhamento estratégico das suas unidades organizacionais à missão e à visão de futuro da instituição.

Ao longo da minha vida profissional, tive a oportunidade e a honra de ocupar diversas funções na administração pública Estadual e Federal, mas parece-me oportuno apontar que é difícil encontrar uma organização com um corpo técnico tão qualificado e cioso da importância estratégica do órgão em que atua para a sociedade e para o setor produtivo.

Observei, no entanto, que o Inmetro é constituído por vários “Inmetros”, se assim posso me expressar, que não falam o suficiente entre si, parecendo comportarem-se como unidades razoavelmente estanques, não tão próximas, o que acaba por se refletir na não utilização da produtividade potencial da Autarquia, com redução de eficiência e efetividade.

Pareceu-me, lançando olhar superficial, que essa situação tem relação com o fato de que ao menos 60% da força de trabalho não tem introjetada uma visão consolidada de planejamento, que indique a necessidade de construção de uma estrutura organizacional sistêmica e profundamente imbricada.

Induvidosamente, a Dplan, por ter importantíssima ação transversal, deve ter este papel central de catalisar o processo de integração e de sistematização das nossas competências na busca de excelência. Este, ao meu sentir, é o desafio primordial da Diretoria, uma vez que a atividade de planejamento não pode, nem deve, ser confundida com, tão somente, a gestão orçamentária. Planejamento é muito mais que isto. Envolve, em especial, uma acurada visão da Instituição, em todas as suas vertentes de atuação, de forma que elas possam ser permanentemente aperfeiçoadas.

Planejamento orçamentário, monitoramento de atividades, acompanhamento e validação de metas e indicadores, planejamento estratégico, tático e operacional, tecnologia da informação alinhada estrategicamente com as áreas de negócio, inovação tecnológica, gestão e capacitação de pessoas, benchmarking, governança corporativa, qualidade e gestão de riscos, interlocução com estruturas organizacionais públicas e privadas e tantas outras atividades são instrumentos de extraordinária importância no que eu me permito denominar de processo de planejamento cíclico integrado, delimitado pela gestão da qualidade.

O resultado deste processo é a permanente busca pela eficiência e pela melhoria da produtividade do Inmetro, reforçando o seu papel de órgão regulamentador e executor de políticas que, em ultima análise, são o grande anteparo protetivo do consumidor.

Evidente que a Dplan deve exercer suas competências legais e regimentais em estreita sintonia com as demandas das demais unidades organizacionais, razão pela qual seu papel deverá ser sempre entendido como complementar e colaborativo, sem jamais ter a pretensão de, a elas, substituir. Esta é, inclusive, a orientação do nosso presidente, que me tem cobrado um aprofundamento de nossas ações transversais, buscando ouvir, compreender e propor soluções que permitam incrementar a eficiência das nossas atividades.

Para tal, há que se identificar claramente nossas macrofunções e, a partir daí, teremos os balizadores dentro dos quais a estrutura da Dplan deve se movimentar de forma ágil e efetiva. Nesta linha, já estabeleci as diretrizes de atuação da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação, que deixa de ter um papel simplório de prover demandas específicas de informática e passa a ser um braço de negócios da Instituição. É preciso romper o paradigma dicotômico e ultrapassado de provedor-cliente, com a assunção de uma postura de responsabilidade solidária, em que todos se comprometem com a adoção das experiências mais exitosas disponíveis no mercado. Sucessos e fracassos são, portanto, por todos compartilhados.

Em breve, será implantado o novo Planejamento Estratégico do Inmetro, redefinindo missão, visão, valores, mapa estratégico e, em especial, introjetando nos nossos servidores uma cultura de planejamento focada na busca pela eficiência e no aumento da produtividade. O contrato de gestão vem sendo criteriosamente acompanhado e monitorado, sob minha direta supervisão, e será objeto de reavaliação da Dplan, de forma que possamos estabelecer indicadores mais rígidos, que nos forcem a mapear procedimentos e a aumentar a eficiência das nossas atividades.

Outro tema da maior relevância, ao qual estou dando a necessária prioridade, é a implantação da nossa política de governança, gestão de riscos e controles, hoje inafastável para as organizações públicas que pretendam estar alinhadas com os mais contemporâneos princípios éticos. Daí porque imprescindível, também, a priorização da gestão da qualidade, que deverá ser implantada em todas as unidades organizacionais da autarquia, atendendo-se aos mais modernos princípios da administração.

Na área de inovação tecnológica, tenho ouvido e referendado as sugestões dos servidores da Ditec, anotando a importância das ações ali realizadas que, induvidosamente, fornecem a base sobre a qual se poderá construir importantes e estratégicas estruturas inovadoras que, cada vez mais, reforcem o papel do Inmetro como referência em metrologia, qualidade e produtividade para o País.

Por derradeiro, tenho acompanhado, passo a passo, o nosso planejamento e execução orçamentária, atuando firmemente, com o decidido apoio do presidente, na busca de recursos adicionais provenientes do Tesouro, assim como de novas fontes de financiamento das atividades existentes e daquelas que poderemos executar e incentivar. Assim, coloco-me, modestamente, como um singelo colaborador a oferecer a minha limitada experiência, para, com o apoio e dedicação de todos, atingir os objetivos desejados.